O Excesso de Pesquisas Eleitorais

Eleitor perdido no meio de tantas pesquisas.

Pesquisa, Pesquisa, e Pesquisa... Foi isso que vimos no primeiro turno das eleições, e o pior, todas se equivocaram. Foram feitas desde janeiro deste ano 851 pesquisas para o cargo de presidente da república (mais de 3 por dia), do contrário de 2006 que foram apenas 477 (segundo dados da revista Veja).

A última pesquisa feita no primeiro turno dizia que a candidata do chefe ganharia em todos os estados, com exceção do acre que o candidato José Serra teria a vitória. Como vimos isso não ocorreu, Serra ganhou em 8 estados, e o que ninguém esperava, a candidata Marina Silva ganhou no Distrito Federal.

Esse uso abusivo das pesquisas acaba influenciando no processo eleitoral, tiram de cena as verdadeiras questões que deveriam ser tratadas, pois quem está na frente é visto com mais confiança, afinal ninguém quer votar em quem vai perder a eleição não é? Pois estaria jogando o voto fora não é isso? Infelizmente muita gente ainda pensa assim.

Resultados ruins em pesquisas trazem problemas para a formação de alianças políticas, causam prejuízos para a arrecadação de recursos (quem vai querer bancar quem está perdendo?), e abalam futuros acordos partidários.

Ainda advêm mais um fato curioso para se tratar: esses institutos que realizam as pesquisas a fazem tanto por mando dos partidos políticos quanto pelos meios de comunicação, os quais divulgam diariamente os resultados em sites ou mesmo na televisão. Daí se contrai a dúvida: para que os partidos iriam pagar para se fazer uma pesquisa nos mesmo locais que a imprensa faz, se esta mesma já seria divulgada publicamente? Será que o resultado é o mesmo quando é a mando de um partido e de um meio de comunicação? Pois se assim for, não teria o menor sentido de gastar dinheiro da campanha para fazê-las, e se não forem os mesmo resultados, fica mais preocupante ainda a situação, visto a importância das pesquisas hoje em dia em nosso país.

Pesquisas eleitorais devem ser vistas como realmente são: Falíveis. Analise o candidato e não sua posição na pesquisa, pois isso é o que menos importa.

E só para lembrar mais uma coisa: seu voto faz diferença, um voto pode mudar a eleição, pode ter certeza, de um em um pode-se dar a vitória a um candidato. Então leia a parte de Reflexão deste blog e, por favor, não cometa este erro.